O Sonho
O sonho é uma sucessão de imagens visuais muito vivas que acontece durante o sono, de maneira espontânea e involuntária, a cada noventa minutos (uma hora e meia), aproximadamente. Quando isso acontece, os olhos se movem rapidamente sob as pálpebras fechadas do sonhador adormecido.
Se dormirmos oito horas por dia,
sonhamos, aproximadamente, duas horas a cada dia — isso sem contar a nossa
pré-vida; os bebês, no útero materno, também sonham.
Os sonhos aparentemente são
absurdos. Neles, não existe o tempo, o espaço, nem a lógica da vida cotidiana.
Sonhar é fundamental para a nossa
saúde psíquica e física. No entanto, antigamente era visto por algumas pessoas
como uma atividade inferior e inútil. Até que, no final do século XIX,
cientistas, como Sigmund Freud, e artistas, como os pintores surrealistas,
compreenderam a importância dos sonhos.
Os povos antigos e suas religiões
viam os sonhos como mensagens enviadas pelos deuses. Os sonhos eram
considerados proféticos – ou seja, era como se fossem uma forma de prever o
futuro.
Mas a primeira obra fundamental a
concentrar-se nos sonhos só foi publicada em 1900: A
interpretação dos sonhos, de Sigmund Freud. Interpretando os
sonhos, Freud, que era médico psiquiatra, desenvolveu sua descoberta do
inconsciente, que se comunica com o consciente por meio dos sonhos.
Segundo Freud, “o sonho é a
realização de um desejo”. Ou, no caso dos pesadelos, uma busca que não deu
certo. Os sonhos manifestariam desejos inconscientes, e interpretar os sonhos
seria uma forma de descobrir seu significado oculto. Os sonhos seriam “o
verdadeiro caminho para descobrir a alma”, quebrando as regras impostas pela
civilização e revelando a nossa verdadeira natureza primitiva.
De acordo com uma linha de
estudiosos, nos sonhos estão as mais antigas lembranças da humanidade.
Além de sonharmos à noite — e de
dia, quando “sonhamos” acordados —, hoje também podemos “ver” sonhos, na arte.
Livros como Alice no país das
maravilhas, de Lewis Carroll, são semelhantes e comparáveis à linguagem
dos sonhos — linguagem utilizada pelos contos de fadas e pela melhor literatura infantil, que realiza os nossos desejos.
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Um movimento artístico chamado
surrealismo se inspirou nos sonhos e na livre imaginação criadora, inspirando
muitos filmes e tendo grande expressão nas artes plásticas. Nessas obras, de
certa forma, sonhos são poesia, e os poemas
são sonhos reais.
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