A Medicina e a Fé
Por Domingo M Braile
Ao contrário do que muitos ainda imaginam, a ciência, em sua eterna busca de compreender e explicar o mundo de forma racional, com fatos que precisam ser comprovados e demonstrados, e a Fé, cuja definição de Paulo (São Paulo para os que praticam o catolicismo), na sua epístola aos Hebreus é: “...o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem”, não são incompatíveis.
Nas palestras e aulas para as quais tenho a honra de ser convidado, exponho aos que me dão o prazer de sua audiência que, nas últimas décadas, vários estudos têm demonstrado que pacientes que têm algum tipo de fé, mesmo que não necessariamente ligada a uma doutrina religiosa, costumam ter mais chances de cura do que os materialistas. Entre as pesquisas científicas realizadas, um estudo prospectivo de 6 anos com 557 idosos, conduzido por Lutgendorf, em 2004, apontou que, entre aqueles que frequentavam serviços religiosos, o risco relativo de morte reduzia-se 78% e os níveis de interleucina-6 eram 66% menores durante o período de seguimento. Artigo dos Drs. Fernando Lucchese e Harold Koenig. Os cirurgiões cardiovasculares, que lidam com pacientes em situações-limite, também devem acompanhar com interesse as pesquisas que abordam esse tema. Nesse sentido, a RBCCV/BJCVS (Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular/Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery) publica, nesta edição, um artigo dos Drs. Fernando Lucchese e Harold Koenig, com título “Religion, spirituality and cardiovascular disease: research, clinical implications, and opportunities in Brazil”. O texto faz uma revisão das pesquisas sobre a relação entre religião, espiritualidade e doença cardiovascular, discute mecanismos que ajudam a explicar as associações
relatadas, examina as implicações clínicas desses achados e aborda a necessidade de futuras pesquisas no Brasil sobre esse tema. Mesmo com todos os obstáculos, como o tempo curto e condições de trabalho aquém das ideais, entre outros, nós, médicos, temos o compromisso de procurar o melhor para o paciente. O entendimento maior das necessidades do paciente, não apenas físicas, mas também espirituais, é fator primordial para que o tratamento tenha condições de ser mais eficaz e, também, se encaixa dentro da “humanização” da Medicina, um conceito tão caro e que ainda resiste, apesar de um mundo cada vez mais corrido e impessoal.
Fonte: www.scielo.br (editorial)
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